Correntes d’Escritas: um programa diverso e multicultural

Paralém de evento literário, o Correntes d’Escritas é um encontro cultural que congrega as mais diversas expressões artísticas como pintura, teatro, cinema, performance e fotografia.

No dia 15 de fevereiro, a partir das 10h30, as “vozes transeuntes nas ruas da poesia” estarão no Mercado Municipal e vão percorrer algumas artérias da Póvoa de Varzim fazendo ecoar os seus versos por toda a cidade. Alexandre Sá, Francisca Bartilotti, Isaque Ferreira, João Rios, Rui Spranger e Sandra Salomé são os autores que integram este projeto e dão voz aos mais diversos escritores. Além de poesia, o Mercado Municipal também vai receber a exposição de Isabel Babo “Estendal Comunitário”. A artista trabalha a partir de elementos recolhidos na praia que se vão tecendo e juntando.

Muitas outras exposições abrem ao público durante o Correntes d’Escritas. Assim, no dia 18, pelas 17h00, no Museu Municipal, será inaugurada uma exposição de homenagem a Camilo Castelo Branco, no âmbito da comemoração dos 200 anos do seu nascimento, intitulada “Camilo e o Jogo na Póvoa Balnear”. Na sala de atos do Cine-Teatro Garrett também haverá uma exposição de Paulo Sérgio BEJu dedicada ao autor de “Amor de Perdição”, a ser inaugurada no dia 19, às 16h00, “perdições – eu Camilo – amores e desamores, o sagrado, o corpo e as afeições”. A sala ao lado recebe, igualmente, a exposição “Ímpar” de Olga Santos, com fotografias de sapatos perdidos na praia.

O Diana-Bar irá acolher a Coleção de Arte Varzim-Sol, com a curadoria de Tomás Carneiro, onde vão estar patentes as obras de arte do Casino. Esta será inaugurada a 19 de fevereiro, às 12h00. Neste mesmo dia, às 18h30, terá lugar, na Biblioteca Municipal, a inauguração de “Mundo Sepúlveda – Fotografias de Daniel Mordzinski”, uma evocação ao escritor chileno.

A Biblioteca será ainda palco de outra exposição – à sombra do mar – para recordar outra viagem sem volta, da escritora Luísa Dacosta. Ser-lhe-á ainda dedicado o mural do corredor de acesso às salas de leitura que a autora tantas vezes percorreu. O mural Eu fui ao mar às laranjas destaca a vida e a obra de uma escritora que, segundo Manuel Lopes, “não se comenta. Sente-se como o Mar”A parede ficará forrada de livros e fotografias que servirão de mote para dar a conhecer as fortes ligações de Luísa Dacosta à Póvoa de Varzim, o seu percurso pessoal, as amizades e a sua obra literária, alicerçadas nas gentes e paisagem poveiras.  

A Exposição à Sombra do Mar – Poemas de Luísa Dacosta e Fotografias de Daniel Curval resulta de um desafio que a autora fez ao Daniel em 1999: dez fotografias para dez poemas seus sobre a temática do Mar e de um local em concreto, a praia do Quião em Aver-o-Mar onde Luísa Dacosta local onde se situava o moinho onde passou muitas temporadas.

Ainda a 19 de fevereiro, às 22h00, será apresentado, na sala principal do Garrett, o espetáculo multimédia “Árvores e outras espécies de verso”. Este espetáculo pluridisciplinar, da Bairro dos Livros, coloca em diálogo textos de Minês Castanheira e Raquel Patriarca, como pontos de reflexão sobre a identidade, a liberdade, a criação no feminino, a condição artística pensada do ponto de vista da mulher. Catarina Rocha é autora do vídeo ilustrado e a performance de movimento é de Emilene Lima.

No dia 20, e tal como acontece todas as quintas-feiras, haverá cinema na sala principal do Cine-Teatro Garrett. A proposta do Octopus é um cine-concerto com a exibição do filme de Rodrigo Areias A Pedra Sonha dar Flor, com banda sonora interpretada ao vivo pelo seu autor Dada Garbeck, pelas 22h00.

Outra expressão artística marcante é fotografia e Alfredo Cunha está de regresso ao Correntes d’ Escritas com o seu estúdio de luz natural que, desta vez, será itinerante, à procura do melhor ângulo. Daniel Mordzinski também é reincidente, sempre bem apetrechado para fotografar escritores. Generosos são também o Rui Sousa ou o José Carlos Marques de câmaras preparadas para todos os momentos.

Mais uma vez, este ano, o Correntes desafiou os comerciantes da cidade a juntarem-se à festa e à celebração e convidou Adélia Carvalho e várias ilustradoras para levarem às lojas a arte e a poesia, as ilustrações e as palavras.

E se os estabelecimentos comerciais convidam a uma visita, não menos importante será a Feira do Livro, organizada pela Papelaria Locus, que também patrocina um dos prémios literários, e é uma oportunidade de adquirir os mais recentes lançamentos. Esta será o cartão de visita de quem chega as Correntes, localizada numa tenda instalada junto ao Cine-Teatro.

(Fonte: CMPV)

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