No Casino da Póvoa decorreu esta manhã de quarta-feira, 21, a abertura oficial do 19º Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim.
Foram na ocasião divulgados os prémios literários, na presença do convidado, o ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes: Juan Gabriel Vasquez, da Colômbia, conquistou o prémio com o livro “A Forma das Ruínas”.
O ministro fez alusão ao facto de a sua editora ter escolhido sempre o evento poveiro para fazer a apresentação dos seus livros. E assim deixou patente a vontade de participar nos dias de “relacionamento entre os escritores” nesta qualidade de artífice das palavras ao invés da presença ministerial, a que é obrigado e lhe dita o afastamento do encontro logo a seguir ao almoço.
Melhor sorte, disse, tem o ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, que participa neste Correntes como escritor.
Luís Filipe Castro Mendes enalteceu o apoio do Casino da Póvoa ao certame cultural, organizado pela Câmara da Póvoa de Varzim, sublinhando a importância que têm na nossa Cultura e identidade o contributo dos concursos literários infanto-juvenis, realizados no âmbito deste Correntes d’Escritas. “Não há dúvida que só assim se consegue defender a literatura”, referiu o ministro.
Na apresentação foi ainda distribuída a 17ª revista do evento, este ano, de homenagem ao escritor e jornalista brasileiro, Luís Fernando Veríssimo. Por motivos de saúde ficou impedido de se deslocar à Póvoa de Varzim, tendo enviado uma breve mensagem que foi lida por Manuela Ribeiro, da organização. “(…) o espírito estava decidido, mas o corpo não quis”, explicou Veríssimo.
O presidente da Câmara, Aires Pereira, ousou demonstrar a vontade de mudança num certame que se prepara para celebrar 20 anos e sob o auspício de uma candidatura à rede de Cidades Criativas da UNESCO, para a Póvoa ser reconhecida como cidade criativa da literatura, a nível internacional.
Aires Pereira fez o desafio aos responsáveis pelo Correntes – Manuela Ribeiro e Luís Diamantino – “temos que nos reinventar, com a mesma simpatia e o mesmo profissionalismo – é um desafio para a próxima década”.
Afinal, “a Póvoa marca com a sua matriz identificadora (…)!”